terça-feira, 15 de setembro de 2009

O PR como fato novo no cenário político Fluminense

Assistimos nos últimos anos, de um modo geral, ao nascimento e morte de um sem número de legendas partidárias. Todas criadas com o objetivo claro de servir como moeda de barganha para alcançar o poder em um ou outro momento eleitoral específico.
A falta de critérios era algo tão gritante que na maioria das vezes a população, e até mesmo o universo da militância social, pessoas consideravelmente mais integradas ao processo político, nem tomavam conhecimento dos partidos “inventados” a cada momento.
O último período em que se experimentou a criação de novos partidos de forma séria, com começo, meio e fim, amparados em doutrinas políticas reais - independente da coloração ideológica de cada um deles - foi no momento agonizante da ditadura militar, na virada dos anos 70 para 80.
Naquela época foram criados o PDT, o PT, o PTB, o PFL e até mesmo o velho MDB se transformou em PMDB. Depois deste período apenas o PSDB se constituiu como partido doutrinário – em meados dos anos 80 - com base na social democracia europeia e, mesmo que tenha posteriormente optado pelo neoliberalismo, foi a última legenda montada sobre sólidas bases políticas. Até agora.
Ontem, 14/09/09, o Presidente regional do PR, Anthony Garotinho, lançou as bases de uma doutrina política para seu partido, algo raro nos últimos tempos.
Com a coordenação do professor Fernando Peregrino, pensador altamente qualificado nos meios político e acadêmico do Rio de Janeiro, foram apresentadas as linhas gerais do MRP – Movimento Republicano Popular – que tem o PR como o principal instrumento de execução de seus conceitos e tem como foco o fortalecimento de uma concepção política nacional com destaque no desenvolvimento econômico, no conceito de empresa nacional, na educação, na saúde, na cultura etc. O PR anunciou, ao mesmo tempo, a criação do IR – Instituto republicano – órgão responsável pela formulação de políticas públicas e sociais a serem defendidas e executadas pelo partido.
Pode-se dizer que o meio político brasileiro já havia se desacostumado de ações tão sérias quanto estas devido ao estado de putrefação em que se encontram algumas das mais visíveis instituições políticas nacionais. Doutrina, formulação, concepção e ideário político são coisas cada vez mais secundarizadas nos dias de hoje, época em que impera o vale tudo e muitos Governantes não se sentem sequer compromissados com a sociedade e muito menos com o povo.
Sem dúvida alguma essa fundamentação se deve à vontade política e a experiência de Anthony Garotinho, que, vindo de longe, sabe muito bem o quão importante é a capacidade de formular para um partido que pretenda representar, de verdade, os sentimentos de um povo.
Pensar o Brasil e formular as soluções para seus grandiosos problemas é algo infinitamente mais importante do que seguir o rumo da correnteza e tentar, na medida do possível, se beneficiar delas, como fazem boa parte dos partidos que nascem e morrem a cada eleição.
Garotinho, quando apresenta uma fundamentação política e doutrinária para o PR está na verdade mandando um recado. Está dizendo à todos, sociedade e povo brasileiro, que a coisa é séria. Que o PR vem, ou pelo menos pretende vir, de forma definitiva, para representar os interesses daqueles que ainda acreditam na construção de uma grande nação brasileira. Não por acaso, à partir do Rio de Janeiro.
O próprio Platão certamente estaria satisfeito, se ainda estivesse entre nós, ao ver seus conceitos, estabelecidos na Grécia antiga, sendo estudados e postos em prática nos dias de hoje.


Vicente Portella

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

POR AMOR AO RIO

Amar o Rio de janeiro é uma das formas mais concretas de mostrar gratidão por um Estado que sempre nos ofereceu as cidades mais lindas do mundo.

Amar o Rio é estar em dia com sua obrigação, seja ela com seus moradores, com seus políticos, ou com seus visitantes e turistas.

Amar o Rio é algo que faz parte da nossa família, do nosso dia a dia, faz parte do seu, do meu, do nosso trabalho.

Amar o Rio é tão bom que as horas passam, o vento bate e as praias logam as ondas de um lado para o outro com tanta beleza que as vezes a gente nem percebe que o Rio merece mais carinho.

Amar o Rio é não permitir a violência, é não deixar as crianças nas ruas, é não permitir que o idoso sofra, que a senhora chore... É fazer com que o caminho esteja sempre aberto para a cultura, para as artes e para as novas ideias.

Amar o Rio e abrir novas estradas e novos horizontes sem machucar a natureza e sem maltratar nossas praças e bosques.

Amar o Rio é construir estradas sólidas de perseverança e buscar a criatividade sem anular nem agredir funcionários públicos, trabalhadores em geral e, em especial, respeitar e proteger as crianças.

Amar o Rio é ter compromisso com a verdade, e por amor a esta verdade, nos dias de hoje, só nos resta dizer:

“ VOLTA GAROTINHO ”

Apoio : O homem que ama o Rio

Obs: Este texto foi escrito por um trabalhador da Cedae que ama o Rio

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Globo adula desgovernador francês

O jornal O Globo é realmente um caso sério. Nadando à quilômetros de distância da verdade, o jornal dos Marinho aposta todas as suas fichas na ignorância pública, mas nem sempre sai ganhando. Em plena era da internet pode-se dizer claramente que ninguém mais é escravo de suas opiniões. Nem mesmo a classe média, a qual o jornal sempre se orgulhou de manipular, tem servido de pasto fértil para o milionário panfleto.
No mundo real quase todas as matérias políticas do Globo tem sido questionadas. Algumas vezes, inclusive, a ânsia de mentir tem causado sérios prejuízos financeiros à empresa. Contra Garotinho, por exemplo, o Globo falou o que quis. Mentiu, enganou, carregou nas tintas, demonizou a imagem do ex-governador, mas no final das contas foi obrigado a se desdizer em tudo o que disse e pagou indenização em dinheiro por suas mentiras.
Na verdade - quem lê sabe disso - a credibilidade de O Globo é atualmente quase nenhuma e seu poder de apavoramento em massa, de terrorismo político e de chantagem editorial se resume ao restrito mundo das “velhinhas de Taubaté” remanescentes do período ditatorial espalhadas por esse Brasil afora, que, felizmente, são poucas.
O próprio mercado publicitário já vê o Globo com outros olhos, pois sabe que seu poder de influência é cada vez mais restrito.
Quem comprar um exemplar de hoje – 01 / 10 – de O Globo poderá constatar o grau de comprometimento do jornal com causas mortas e Governantes moribundos, porém generosos para com as finanças e, principalmente, com o ideário político elitista da empresa.
Contrariando todos os fatos ocorridos nos últimos meses O Globo atribui à Sérgio Cabral, um (des) governador ausente e sem qualquer compromisso com questões de Estado, a responsabilidade pela vitória do Rio de Janeiro na luta pelos royalties do PréSal.
Qualquer pessoa medianamente bem informada sabe que a bola foi levanta e defendida pela Prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, enquanto Sérgio passeava por Paris e outras plagas. Não seria exagero afirmar, inclusive, que o atual desgovernador nem sabia direito, até bem pouco tempo, quais eram os reais termos desta pendenga.
Governar para Sérgio Cabral é algo doloroso; uma tarefa menor que deve ser conduzida por seus cambonos.
Ele próprio nem deve considerar justo que alguém em sua posição fique se aporrinhando com questões incômodas como saúde, educação, saneamento, violência e outras atividades “burocráticas”. Justo seria, na sua concepção, passear pela Europa enquanto as pessoas morrem em filas de hospitais ou de balas perdidas.
A pergunta que flui naturalmente desta constatação é simples: como alguém assim poderia estar preocupado com os royalties do PréSal ? Seria o mesmo que esperar do homem comum, daquele que sofre todos os horrores e dissabores da ausência de políticas públicas igualitária e coletivas, alguma preocupação ou reflexão séria sobre o fato do homem ter pisado ou não na lua.
Assim como o cidadão comum não pode estar atento a quem vive na lua, Sérgio, que vive no mundo da lua, ignora solenemente o drama de pessoas comuns, e, sendo assim, não poderia estar atento à algo tão complexo como a questão dos royalties do PréSal.
Resumindo à ópera, mais uma vez o Globo mente. Se continuar assim vai acabar servindo de modelo nas universidades do futuro, nas aulas sobre como NÃO se deve proceder profissionalmente na atividade jornalística.