quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Estado do caos

Pelo menos até o dia 31 de dezembro de 2010 deveriam mudar o nome do Estado do Rio de Janeiro para Estado do caos. O que vivemos atualmente é isso: um Estado Caótico.

Sérgio Cabral é Governador, pelo menos em tese, mas age como se não tivesse nada com isso. Há certos momentos, inclusive, que mais parece o líder de oposição.
Nos poucos momentos que se dedica ao Ri, o o Governador usa seu tempo para agredir servidores e população. Parece coisa de maluco.
Médicos, policiais, servidores públicos em geral e até os usuários do péssimo serviços de trens urbanos , para o Governador, sãovagabundos. Surrealismo puro.
Qualquer pessoa de bem que analisar o comportamento de Cabral perceberá que não há um só problema do Estado para o qual ele tenha proposto solução. No máximo, Cabralzinho propõe agressão.
Na área de segurança pública, principal drama Fluminense, além de nomear alguém com o discernimento de um dromedário para dirigir a pasta, Sérgio investiu apenas 20% do previsto no orçamento e além disso dizimou toda a estrutura de amparo social do Estado, deixando o Rio como um imenso navio à deriva. Sem rumo e sem objetivos.
Paralelamente instituiu-se no poder local uma concepção mercadológica para tudo. Até terrenos pertencentes ao Estado e à empresas públicas estão sendo oferecidos, aos borbotões, à especulação imobiliária.
Em termos de saúde o Governo Sérgio é uma lástima, à ponto de populares botarem o dedo na cara do Governador, em suas raras aparições públicas, cobrando um mínimo de dignidade na prestação dos serviços pagos por nossos impostos.
Na educação, a rede pública estadual foi transformada em escolas de Funk, com direito, inclusive à reboladinhas públicas do Governador em bailes locais.
Na verdade vivemos uma situação em que tudo, absolutamente tudo, na esfera estadual, apodrece a olhos vistos e a autoridade governamental adentra cada vez mais o terreno da galhofa.
Sérgio tem drenado, com dutos industriais, boa parte do orçamento público para a publicidade na esperança de que a mídia o salve, garantindo-lhe uma blindagem poderosa. Mas a população já percebe isso claremente.
Os jornais do Rio, por exemplo, sócios vorazes do Governo Cabral, precisam apelar para todos os santos para fazer com que seus exemplares saiam das bancas para as mãos do cidadão comum. E tome concursos, ofertas, prêmios de mentirinha, tudo é válido para escapar ao fiasco e a decadência das vendagens.
Nossa sorte é que a internet vai de vento em popa e, ao mesmo tempo em que milhares de blogueiros expõem a tragédia personificada pelo Governo Cabral, a mídia oficial vai se desconstituindoo em termos de respeito e credibilidade.
Ainda bem que falta pouco. Em janeiro de 2011, tenho certeza, Sérgio já terá sido expulso de campo pela população e poderemos novamente construir o Estado do Rio de Janeiro, revogando o Estado do caos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A hipocrisia está no ar

Estava assistindo a cobertura da ação criminosa no Rio de janeiro pela GloboNews e cheguei a ficar assustado. A hipocrisia e a capacidade de manipulação dessa gente é algo sem limites.

Antes de qualquer coisa vou fazer um histórico, pois históricos não mentem:

No início da década de 80, quanto nossas capitais viviam em relativa paz, o Jornal Nacional, da Globo, dava a cotação das drogas todos os dias. Não havia ainda o “problema” do tráfico, mas era só ligar a TV às 8 da noite para ouvir Cid Moreira dizendo que haviam sido apreendidos tantos quilos de cocaína em algum lugar que ninguém sabia onde era no valor de X dólares. Bastava fazer as contas para se ter a cotação do dia.

Paralelamente fomos inundados por filmes americanos que faziam apologia da violência da forma mais grotesca possível. O herói preferido da Globo era Charles Bronson no papel de um psicopata carniceiro que promovia todo tipo de violência e agressividade possível, mas haviam muitos outros filmes propagando a carnificina urbana. Centenas deles.

Foi nessa época também que a Globo nos brindou com uma minissérie chamada “Bandidos da falange”, estabelecendo os critérios para as organizações criminosas no Rio de janeiro e, poeteriormente, no Brasil.

Depois de criar na mídia o clima propício a super violência ancorada pelo tráfico de drogas, curiosamente, a coisa começou a acontecer no mundo real.

As pessoas mais sensatas já diziam, naquele tempo, que havia algo no ar além dos aviões de carreira. Não havia no Rio grandes produções nem de drogas, nem de armas. Como poderia haver tanta violência sem uma coordenação profissional e minuciosamente trabalhada?

O enfoque da mídia, no entanto, preferia regionalizar a discussão e procurar culpados nos Governos que não lhe eram subservientes, fazendo de Leonel Brizola, por exemplo, uma de suas principais vítimas.

O fato é que em cerca de 20 e poucos anos nossas capitais foram transformadas em verdadeiro território livre para a milionária indústria do tráfico de drogas e a imprensa, minimizando a questão, apontava sempre um ou outro gerente de boca rastaquera como o “inimigo nº 1”da sociedade, ignorando a lógica de que as fortunas geradas pelo tráfico se edificam muito longe da favela. De escadinha a Fernandinho Beira mar, muitos demônios foram inventados nesse período sem que a indústria da droga fosse sequer abalada. Todas as pessoas sensatas de então afirmavam categoricamente que só seria possível combater o tráfico policiando as fronteiras, porta de entrada de armas e drogas. Mas a imprensa, liderada pela Globo, sempre fez questão de ignorar essa lógica irrefutável.

Quando, já em 2000 e pouco, a Secretária de segurança pública, então comandada por Garotinho, resolveu fazer uma espécie de operação abafa na entrada dos pontos de droga, como forma de inibir as vendas e causar prejuízos financeiros ao tráfico, a Globo, como sempre, foi contra e demonizou o ex Governador.

Na verdade, durante todos esses anos a Globo insistia em cobrar das polícias estaduais o combate a um crime que é constitucionalmente federal, o tráfico de drogas.

Agora, no entanto, tendo um aliado seu sentado no Palácio Guanabara – Uma imagem de retórica, pois o Governador se dedica muito mais a Paris do que a seu assento no Palácio – a cobertura da Globo resolveu, deliberadamente, apagar toda a responsabilidade do Governador sobre os conflitos. Hipocrisia pura.

De repente o crime passou a ser atribuição Federal e os Governantes locais se tornaram “vítimas” do processo. Na concepção da Globo a cidade e o Estado vivem as mil maravilhas e o tráfico de drogas é apenas um “fato isolado” como disse hoje na GloboNews um jornalista cozinheiro cujo o nome me escapa.

O tráfico de drogas é , inequivocadamente, o grande mal da sociedade moderna e assola todas as grandes cidades do Brasil, apesar de ter feito muitos milionária nos últimos anos, e para combate-lo é preciso seriedade. Certamente não é com a política de segurança marqueteira do nosso (des)Governador viajante que o problema será minimizado.

A globo, antes de mais nada, deveria fazer uma auto crítica. Quem implanta e propaga um negócio extremamente rendoso, embora nocivo, perde qualquer moral para combate-lo, mesmo que este combate seja só de fachada. O que vemos na verdade é a hipocrisia e a má fé sendo propagada em cadeia nacional com o intuito de manipular as pessoas de bem. Antes de qualquer coisa, isso é uma covardia.

Vicente Portella

sábado, 17 de outubro de 2009

Política com P maiúsculo

Garotinho deu uma aula, no meio desta semana, de como se faz política com "P" maiúsculo. Em reunião de 2 horas com o Presidente do PT, Ricardo Benzoini, os dois líderes apararam todas as arestas.
Nunca é demais lembrar todos os atropelos praticados pelo Governo Federal que acabaram gerando um clima insustentável entre Garotinho e Lula, levando então ao rompimento político.
Em 2002, candidato a Presidente da República, Garotinho obteve mais de 15 milhões de votos, sendo que, no Rio de Janeiro, Estado que Governou e onde alcançou 90% de aprovação, sua votação foi maior do que a do Presidente eleito.
No segundo turno Garotinho foi para a TV e para os palanques pedir votos para Lula e no final das contas, com o apoio de Garotinho no RJ, o Presidente foi eleito com mais de 80% dos votos do Estado. Além de dar essa votação histórica a Lula, Garotinho elegeu Rosinha, sua mulher, ainda no primeiro turno, como Governadora do Rio de Janeiro.
Ao invés de ser tratado como aliado, no entanto, logo após à posse de Lula, Garotinho foi duramente perseguido pelo Governo Federal, que fez de tudo para inviabilizar o Governo de Rosinha.
O Estado do Rio era Governado no fim de 2002 por Benedita da Silva, vice de Garotinho e quadro histórico do PT, que deixou os Estado em petição de miséria, repassando para Rosinha praticamente uma massa falida. Entre outras coisas haviam dívidas com a união não honradas em 9 meses de mandato pela Governadora Petista, dívidas estas que seriam herdadas por Rosinha.
Ocorre que no período entre a vitória de Lula e a posse dos eleitos, Garotinho, convidado a participar do Governo Lula, declinou do convite para ser Ministro dos transportes. Segundo o próprio ex Governador, optou por contar como apoio do Governo federal para para que Rosinha, viesse a fazer o Governo que os Cariocas e Fluminenses almejavam.
Eis que de repente, não mais que de repente, o "Grão Vizir" José Dirceu, que na época se achava mais importante do que o próprio Presidente da República, fez uma leitura muito particular e completamente distorcida do processo político que se desenhava e mandou seus asseclas e cambonos boicotarem ao máximo o Governo de Rosinha Garotinho.
De fato, já no primeiro dia de Governo, Rosinha teve todos o dinheiro do Estado confiscado, bloqueado pelo Governo Federal por conta de dívidas que Benedita da Silva havia deixado de pagar. Nem mesmo o décimo terceiro dos funcionários do Estado foi pago pela ex- governadora Benedita. Na cabeça de José Dirceu o sucesso de Rosinha poderia significar uma ameaça futura a Lula, que acabava de tomar posse.
Apesar de tudo pode-se dizer tranquilamente que Rosinha fez um Governo heróico, digno dos grandes Estadistas, pois conseguiu superar todas as adversidades impostas pelo boicote e ainda no primeiro ano de Governo pôs as contas praticamente em dia, mas as condições políticas de relacionamento entre os Garotinhos e o Governo federal estavam definitivamente azedadas.
Na prática, Zé Dirceu havia tratado um companheiro histórico de lutas políticas como o pior dos inimigos - O primeiro partido de Garotinho foi o PT, legenda pela qual ja tinha sido o candidato a Vereador mais votado de Campos na década de 80, não tendo sido eleito por que o PT nã fez legenda.
O tempo, no entanto, como se diz popularmente, é o senhor da razão. Hoje, cassado por corrupção e sem o poder de boicotar aliados do Presidente como fazia antes, Zé Dirceu não pode mais impedir o avanço natural das alianças políticas entre líderes progressistas, e Garotinho, mesmo estando a sete anos fora do poder, ainda representa no Rio de janeiro o que há de mais avançado em termos de atuação política e social, sendo a maior liderança do Estado.
Garotinho e Lula, através da candidatura de Dilma, estarão novamente no mesmo palanque, trabalhando pelo desenvolvimento do Rio de janeiro e seu povo.
Só os grandes Estadistas são capazes de superar todas as diferenças em nome de um bem maior: O interesse popular.
Garotinho certamente está entre os grandes líderes do cenário político brasileiro. Seus gestos provam isso. Garotinho faz política com "P" maiúsculo.

Vicente Portella

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Porque Garotinho?



Estava conversando dia desses com um amigo sobre o cenário político brasileiro. Esse amigo militou comigo no velho PCBão e continua convicto até hoje, coerentemente, na defesa do ideário de Marx e Engel. Ele explicou que o processo político e as vicissitudes o levaram a militar no PSOL e quis saber o porquê da minha opção por Garotinho. Eu, claro, expliquei.

Todas as teses socialistas e de esquerda em geral foram devoradas por nós nas décadas de 60, 70 e 80 – no meu caso específico na década de 80 – e todas, posso garantir, são profundamente avançadas no que diz respeito à organização de uma sociedade mais fraterna e justa. Ocorre, no entanto, que praticamente nenhuma delas foi posta em prática, e, onde houve tentativas de aplicá-las, o fracasso foi inevitável.

Isso se da por vários motivos, mas o principal deles é a própria incapacidade humana, no nosso atual processo evolutivo, de acatar imposições ou fórmulas mágicas advindas de seres iluminados.

Na verdade o próprio Marx já previa que para que o socialismo fosse implantado seria necessário modificar a mentalidade do homem.

Não quero dizer com isso que o ser humano seja atrasado, muito pelo contrário. Creio que a humanidade precisa viver cada degrau de sua evolução de forma plena e ilimitada, mas para que isso ocorra é necessário compreender o espaço e o tempo em que estamos inseridos e buscar as soluções compatíveis para o momento.

Vários pensadores modernos questionam se a aplicação da teoria marxista em um País agrário, como era a Rússia da época, não teria sido prejudicial para o desenvolvimento do próprio socialismo. Eu, particularmente, avalio que o fracasso se deu por ter sido uma coisa imposta de cima para baixo. A revolução instituiu regras que deveriam ser cumpridas por todos, independente da aceitação e até mesmo da compreensão de cada um.

Posteriormente, na medida em que outras propostas socilizantes iam sendo testadas em outros países, a concepção ditatorial tornou-se mais importante e adquiriu um peso maior, na maioria dos casos, do que a própria concepção social inicialmente proposta por estas teses. Na prática houve a corrupção da ideologia, mesmo que isto não tenha ocorrido por ma fé, em função das dificuldades encontradas de “socializar” as idéias e fazer com que as pessoas às incorporassem.

O conceito socialista, portanto, continua plenamente válido, desde que seus condutores tenham a compreensão de que é preciso antes de qualquer coisa convencer a sociedade e o povo de que esta é a maneira mais correta de ordenamento social. Além disso, seria fundamental para qualquer desenvolvimento de um projeto socialista que as chamadas “esquerdas intelectualizadas” abrissem mão de sua prática secular de tentar pensar pelo povo e pretender tutelar a sociedade.

Na prática, nós, no Brasil e em vários outros países, vivemos uma realidade geral mais próxima da idade média do que da idade contemporânea. A maior parte do território nacional vive em condições precária de vida, sem os benefícios básicos da modernidade. No Rio de janeiro, por exemplo, as realidades da Barra da Tijuca e a da baixada Fluminense são tão díspares que caberiam muitos oceanos entre elas. Não há em nossas plagas nenhuma possibilidade concreta e imediata de universalização de serviços básicos, como saúde, habitação, educação ou cultura. Principalmente, sob o ponto de vista aqui abordado, em relação à Educação e Cultura.

Nada é mais óbvio do que a capacidade de formular e executar coletivamente para que uma sociedade se desenvolva, mas aos nossos povos até mesmo isso é negado. Exatamente por isso torna-se impossível a adoção pura e simples de conceitos acadêmicos considerados de ponta. A maioria de nossa sociedade vive ainda uma realidade pré moderna, e nosso povo, socialmente falando, está em um estágio anterior a isso.

Por outro lado, temos um povo infinitamente criativo e, porque não dizer, de inteligência privilegiada. Mesmo sem os benefícios da escolaridade, algo absolutamente necessário em qualquer sociedade, nossa população consegue formular e executar individualmente as soluções necessárias para os seus problemas do dia a dia. O cidadão comum, o trabalhador, a dona de casa, essas pessoas que compõem o povo brasileiro, sobrevivem em condições que seriam fatais a qualquer cidadão de primeiro mundo acostumado às facilidades oferecidas pela vida moderna em sociedades mais evoluídas.

Temos, portanto, características peculiares. E exatamente por isso creio profundamente nas soluções que passam pelo crivo do conjunto da população. Ao contrário do que se pensa só a contribuição direta do povo é capaz de conduzir nosso país a sua evolução.

Aliás, é bom que se diga, em seus primeiros 400 anos, praticamente, o Brasil foi governado sem povo. Só as elites tinham acesso ao poder e o direito ao voto era restrito aos senhores de terra. Até a ascensão de Getúlio Vargas, inclusive, nem a mulher tinha direito ao voto. Só depois da revolução de 30, liderada por Getúlio, foi instituído o direito ao voto universal e deram-se os primeiros passos em prol da organização dos trabalhadores.

Com base em tudo isso, desenvolvi meu conceito pessoal de que só a participação genuinamente popular pode colocar o Brasil no rumo necessário, e para tanto precisamos de líderes populares. Tenho a convicção que não nos basta uma organização unicamente composta por quadros políticos, há que haver também o povo, e para isso há que haver lideranças.

No decorrer de nossa história construímos o que há de melhor no Brasil assim, com lideranças populares. A própria resistência a ditadura só foi possível graças a atuação de lideranças populares. De um modo geral é possível afirmar que sem essas lideranças só o que resta é o elitismo, manipulando os fatos e conduzindo o Estado para a perpetuação de seus interesses particulares, quando na verdade é o povo e não as elites quem precisa da ação do Estado.

Por tudo isso, assim como muitos optaram por Getúlio no passado e eu próprio optei por Brizola à seu tempo, opto hoje pelo fortalecimento político e pela liderança de Anthony Garotinho.

Tenho a certeza plena de que no final das contas o povo será o principal responsável pela definitiva consolidação da nação brasileira.

E assim teremos uma cidadania de fato, baseada no respeito e na participação popular e não apenas na aquisição de bens de consumo.

Vicente Portella

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O PR como fato novo no cenário político Fluminense

Assistimos nos últimos anos, de um modo geral, ao nascimento e morte de um sem número de legendas partidárias. Todas criadas com o objetivo claro de servir como moeda de barganha para alcançar o poder em um ou outro momento eleitoral específico.
A falta de critérios era algo tão gritante que na maioria das vezes a população, e até mesmo o universo da militância social, pessoas consideravelmente mais integradas ao processo político, nem tomavam conhecimento dos partidos “inventados” a cada momento.
O último período em que se experimentou a criação de novos partidos de forma séria, com começo, meio e fim, amparados em doutrinas políticas reais - independente da coloração ideológica de cada um deles - foi no momento agonizante da ditadura militar, na virada dos anos 70 para 80.
Naquela época foram criados o PDT, o PT, o PTB, o PFL e até mesmo o velho MDB se transformou em PMDB. Depois deste período apenas o PSDB se constituiu como partido doutrinário – em meados dos anos 80 - com base na social democracia europeia e, mesmo que tenha posteriormente optado pelo neoliberalismo, foi a última legenda montada sobre sólidas bases políticas. Até agora.
Ontem, 14/09/09, o Presidente regional do PR, Anthony Garotinho, lançou as bases de uma doutrina política para seu partido, algo raro nos últimos tempos.
Com a coordenação do professor Fernando Peregrino, pensador altamente qualificado nos meios político e acadêmico do Rio de Janeiro, foram apresentadas as linhas gerais do MRP – Movimento Republicano Popular – que tem o PR como o principal instrumento de execução de seus conceitos e tem como foco o fortalecimento de uma concepção política nacional com destaque no desenvolvimento econômico, no conceito de empresa nacional, na educação, na saúde, na cultura etc. O PR anunciou, ao mesmo tempo, a criação do IR – Instituto republicano – órgão responsável pela formulação de políticas públicas e sociais a serem defendidas e executadas pelo partido.
Pode-se dizer que o meio político brasileiro já havia se desacostumado de ações tão sérias quanto estas devido ao estado de putrefação em que se encontram algumas das mais visíveis instituições políticas nacionais. Doutrina, formulação, concepção e ideário político são coisas cada vez mais secundarizadas nos dias de hoje, época em que impera o vale tudo e muitos Governantes não se sentem sequer compromissados com a sociedade e muito menos com o povo.
Sem dúvida alguma essa fundamentação se deve à vontade política e a experiência de Anthony Garotinho, que, vindo de longe, sabe muito bem o quão importante é a capacidade de formular para um partido que pretenda representar, de verdade, os sentimentos de um povo.
Pensar o Brasil e formular as soluções para seus grandiosos problemas é algo infinitamente mais importante do que seguir o rumo da correnteza e tentar, na medida do possível, se beneficiar delas, como fazem boa parte dos partidos que nascem e morrem a cada eleição.
Garotinho, quando apresenta uma fundamentação política e doutrinária para o PR está na verdade mandando um recado. Está dizendo à todos, sociedade e povo brasileiro, que a coisa é séria. Que o PR vem, ou pelo menos pretende vir, de forma definitiva, para representar os interesses daqueles que ainda acreditam na construção de uma grande nação brasileira. Não por acaso, à partir do Rio de Janeiro.
O próprio Platão certamente estaria satisfeito, se ainda estivesse entre nós, ao ver seus conceitos, estabelecidos na Grécia antiga, sendo estudados e postos em prática nos dias de hoje.


Vicente Portella

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

POR AMOR AO RIO

Amar o Rio de janeiro é uma das formas mais concretas de mostrar gratidão por um Estado que sempre nos ofereceu as cidades mais lindas do mundo.

Amar o Rio é estar em dia com sua obrigação, seja ela com seus moradores, com seus políticos, ou com seus visitantes e turistas.

Amar o Rio é algo que faz parte da nossa família, do nosso dia a dia, faz parte do seu, do meu, do nosso trabalho.

Amar o Rio é tão bom que as horas passam, o vento bate e as praias logam as ondas de um lado para o outro com tanta beleza que as vezes a gente nem percebe que o Rio merece mais carinho.

Amar o Rio é não permitir a violência, é não deixar as crianças nas ruas, é não permitir que o idoso sofra, que a senhora chore... É fazer com que o caminho esteja sempre aberto para a cultura, para as artes e para as novas ideias.

Amar o Rio e abrir novas estradas e novos horizontes sem machucar a natureza e sem maltratar nossas praças e bosques.

Amar o Rio é construir estradas sólidas de perseverança e buscar a criatividade sem anular nem agredir funcionários públicos, trabalhadores em geral e, em especial, respeitar e proteger as crianças.

Amar o Rio é ter compromisso com a verdade, e por amor a esta verdade, nos dias de hoje, só nos resta dizer:

“ VOLTA GAROTINHO ”

Apoio : O homem que ama o Rio

Obs: Este texto foi escrito por um trabalhador da Cedae que ama o Rio

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Globo adula desgovernador francês

O jornal O Globo é realmente um caso sério. Nadando à quilômetros de distância da verdade, o jornal dos Marinho aposta todas as suas fichas na ignorância pública, mas nem sempre sai ganhando. Em plena era da internet pode-se dizer claramente que ninguém mais é escravo de suas opiniões. Nem mesmo a classe média, a qual o jornal sempre se orgulhou de manipular, tem servido de pasto fértil para o milionário panfleto.
No mundo real quase todas as matérias políticas do Globo tem sido questionadas. Algumas vezes, inclusive, a ânsia de mentir tem causado sérios prejuízos financeiros à empresa. Contra Garotinho, por exemplo, o Globo falou o que quis. Mentiu, enganou, carregou nas tintas, demonizou a imagem do ex-governador, mas no final das contas foi obrigado a se desdizer em tudo o que disse e pagou indenização em dinheiro por suas mentiras.
Na verdade - quem lê sabe disso - a credibilidade de O Globo é atualmente quase nenhuma e seu poder de apavoramento em massa, de terrorismo político e de chantagem editorial se resume ao restrito mundo das “velhinhas de Taubaté” remanescentes do período ditatorial espalhadas por esse Brasil afora, que, felizmente, são poucas.
O próprio mercado publicitário já vê o Globo com outros olhos, pois sabe que seu poder de influência é cada vez mais restrito.
Quem comprar um exemplar de hoje – 01 / 10 – de O Globo poderá constatar o grau de comprometimento do jornal com causas mortas e Governantes moribundos, porém generosos para com as finanças e, principalmente, com o ideário político elitista da empresa.
Contrariando todos os fatos ocorridos nos últimos meses O Globo atribui à Sérgio Cabral, um (des) governador ausente e sem qualquer compromisso com questões de Estado, a responsabilidade pela vitória do Rio de Janeiro na luta pelos royalties do PréSal.
Qualquer pessoa medianamente bem informada sabe que a bola foi levanta e defendida pela Prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, enquanto Sérgio passeava por Paris e outras plagas. Não seria exagero afirmar, inclusive, que o atual desgovernador nem sabia direito, até bem pouco tempo, quais eram os reais termos desta pendenga.
Governar para Sérgio Cabral é algo doloroso; uma tarefa menor que deve ser conduzida por seus cambonos.
Ele próprio nem deve considerar justo que alguém em sua posição fique se aporrinhando com questões incômodas como saúde, educação, saneamento, violência e outras atividades “burocráticas”. Justo seria, na sua concepção, passear pela Europa enquanto as pessoas morrem em filas de hospitais ou de balas perdidas.
A pergunta que flui naturalmente desta constatação é simples: como alguém assim poderia estar preocupado com os royalties do PréSal ? Seria o mesmo que esperar do homem comum, daquele que sofre todos os horrores e dissabores da ausência de políticas públicas igualitária e coletivas, alguma preocupação ou reflexão séria sobre o fato do homem ter pisado ou não na lua.
Assim como o cidadão comum não pode estar atento a quem vive na lua, Sérgio, que vive no mundo da lua, ignora solenemente o drama de pessoas comuns, e, sendo assim, não poderia estar atento à algo tão complexo como a questão dos royalties do PréSal.
Resumindo à ópera, mais uma vez o Globo mente. Se continuar assim vai acabar servindo de modelo nas universidades do futuro, nas aulas sobre como NÃO se deve proceder profissionalmente na atividade jornalística.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O artífice do mal

Sérgio Cabral Filho é, de longe, o pior chefe de executivo que o Estado do Rio de Janeiro já produziu. Superou, com honras, o triste legado de Marcelo Alencar.
Em 2 anos e meio de Governo não há uma só ação positiva em território Fluminense que possa ser atribuída a Sérgio Cabral, o homem que salvou Sarney.
Os idiotas da objetividade podem até reivindicar as UPAS, mas na verdade estas beneficiam apenas aqueles que as alugam por cerca de 700 mil reais mensais para o Estado, segundo denúncias que pululam na internet e em todos os ambientes não “Globais” do Rio.
Recentemente, entretanto, Cabral, através de seu cambono mor na PM, superou todos os recordes da indignidade pública. Com apenas uma canetada, o comandante, cargo temporário em sua essência, pôs em cheque toda a história de uma corporação que tem como patrono Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Do alto de sua empáfia e talvez apoiado no mais profundo desconhecimento jurídico, o comando da PM , na prática, passou a permitir uma série de condutas irregulares e até, em certos casos, criminosas, ao mesmo tempo em que transformou em delito gravíssimo o exercício da democracia.
Na verdade, a ação é completamente dirigida.
Alguns oficiais da PM, como o Tenente Melquisedeque e o Coronel Paul, entre outros, tem feito questão de honrar publicamente a farda que usam e defender seus companheiros da ação perniciosa de um Governo indigno dos votos que recebeu.
E isso, para qualquer ser com pendores ditatoriais, se assemelha à um crime.
Roubar, matar, extorquir e rapinar o patrimônio público tem sido bandeira de alguns Governos e práticas comuns no lamentável histórico governamental brasileiro, e, exatamente por isso, há sempre bravos companheiros dispostos a denunciar os crimes e enfrentar as ações covardes de poderosos de maior ou menor porte.
No caso do Rio de Janeiro, inclusive, tais ações não se restringem à PM, ocorrem em todo o Estado e contra todos os servidores públicos.
Onde quer que se vá, na estrutura estadual, é possível encontrar trabalhadores perseguidos e prejudicados profissionalmente pelo simples fato de não aceitar dizer amém para o fascismo reinante no Governo. Algo abominável.
Pessoalmente, salvo um ou outro amigo de infância, jamais convivi com a rotina das polícias do Rio de Janeiro, nem Militar, nem Civil. Creio, no entanto, por convicção, que cabe a todos nós o respeito e a defesa destas instituições que pertencem ao Estado - e, consequentemente, ao povo - não a Governantes passageiros. Principalmente quando estes agem como cacheiros viajantes e fogem de quaisquer responsabilidades, inclusive as que fazem parte das atribuições de seu cargo.
O Rio de Janeiro e suas instituições precisam de todos nós. Só a sociedade organizada e o povo unido podem dar fim aos desmandos que se amontoam no atual (Des) Governo. Ao contrário do que deseja Sérgio Cabral, precisamos absorver para todos nós a indignação do Tenente Melquisedeque e do Coronel Paul, pois é essa indignação que nos fara superar o mal que se incrustou na máquina do poder Estadual, tendo o próprio Governador como artífice desse mal.
Brizola disse certa vez que o povo tem o direito de maldizer os seu algozes. Nós somos o povo e a sociedade fluminense. Façamos isso.



Vicente Portella

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Viva a diferença...

Quando Garotinho assumiu o Governo do Estado do Rio de Janeiro em 1999, nós tínhamos o terceiro PIB do País. Nosso produto interno bruto era menor que o de Minas Gerais e que o de São Paulo.

Garotinho recuperou a indústria naval do Estado e só o estaleiro Verolme, para se ter uma ideia, que tinha quatro empregados, gerou nove mil empregos.
A industria naval como um todo, somando os vários estaleiros reativados por Garotinho, gerou 100 mim empregos a mais para o Rio de Janeiro.

Garotinho trouxe, também, uma fábrica da Pegeout para Porto Real, no interior do Estado, que gerou mais 3 mil empregos e passamos a produzir cerca de 140 mil automóveis por ano.

Nosso Estado antes de Garotinho importava energia. Com a criação das usinas termo elétricas de Macaé, trazidas por garotinho, além de gerar mais empregos, o Rio de janeiro passou a exportar energia.

E o polo gás químico de Duque de Caxias? Com a instalação de uma planta de produção de plástico, mais de 80 empresas se instalaram na região, gerando empregos e riqueza para a cidade e para o Estado. Mais uma obra de Garotinho.

Tem também a CSA – Companhia siderúrgica do Atlântico, trazida por Garotinho e Rosinha para a Zona Oeste. Um investimento de 15 BILHÕES de reais com estrutura 3 vezes maior que a CSN, marco da industrialização do Brasil, construída por Getúlio Vargas.

E a refinaria de Itaboraí? Queriam fazer um oleoduto para transportar o petróleo produzido aqui para ser refinado em São Paulo, mas Rosinha levantou a voz e impôs a vontade do povo do Rio de janeiro:a Refinaria é nossa. E é mesmo. Já está sendo construído e vai gerar empregos e riquezas para o Estado.

Diante de tanto investimento captado pelo Governo, é claro, o Estado do Rio de Janeiro subiu no ranking e passou a ser o segundo PIB do País, ultrapassando Minas Gerais.

Agora nós perguntamos:

E o Governo atual? Quantas fábricas trouxe para o Rio?
A verdade é que em quase 3 anos o atual Governador não pregou sequer um prego em uma barra de sabão. Quando inaugura alguma coisa ou é obra de Rosinha e Garotinho, ou é obra do Governo Federal. Uma vergonha.

Mas Garotinho fez muito mais...

Os funcionários públicos do Rio não tinham calendário de pagamento. O desrespeito era tão grande que os salários eram pagos, em alguns casos, no dia 27 do mês seguinte. As pessoas trabalhavam dois meses para receber o salário.
Garotinho instituiu um calendário e todos passaram a receber até o dia 10 de cada mês.
A Polícia Militar, com Garotinho, conquistou 57% de reajuste. O Governo atual se recusa a pagar 4%.
Os trabalhadores da Cedae viviam sob ameaça. Marcelo Alencar, na época Governador e Sérgio Cabral, então, Presidente da Alerj, queriam vender a Cia como venderam tudo no Estado: Barcas, Trens, Banerj, Cerj, tudo. Mas Garotinho comprou a briga e não permitiu a privatização da Cedae.
Além disso devolveu aos trabalhadores a garantia no emprego tomada por Marcelo e salvou a Companhia, retomando os investimentos de peso na área de saneamento após quase 30 anos de estagnação.

Qualquer semelhança é mera cópia.

Na área social Garotinho e Rosinha criaram um modelo à ser seguido. O cheque cidadão, por exemplo, que era chamado de populista, foi copiado pelo Governo Federal – ainda bem – e agora se chama bolsa família e é considerado um instrumento importantíssimo de apoio social as famílias mais carente do Brasil inteiro.
O mesmo ocorreu com a farmácia popular ( farmácia do Brasil ), com o projeto do leite e com praticamente todos os programas sociais criados pelo Governo Garotinho.

Força G

Em física existe uma coisa chamada Força G, muito badalada na Fórmula 1, que é a força exercida pela gravidade sobre um corpo em movimento. No Rio de janeiro a Força G é a Força Garotinho. A força que vai reconduzir o povo ao poder.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Histórias que o povo precisa conhecer...

Garotinho em Copacabana

Visitando uma tia, dia desses, no Bairro de Copacabana, Zona sul do Rio de Janeiro, Garotinho foi abordado no elevador por uma senhora:

Eu acho que conheço o senhor de algum lugar – Disse ela.
Pode ser da televisão, de jornais... Eu sou o Garotinho, ex Governador.
Ah...tá,,,, - reagiu a senhora com um certo desdém – Aqui na Zona sul eu sei que o Sr. nunca fez nada, mas minha empregada, que mora na Baixada, fala muito bem do Sr.
Nunca fiz nada por aqui? A Senhora conhece esse batalhão de polícia aqui da Figueredo Magalhães?
Conheço...
Fui eu que fiz. A senhora conhece a estação do metrô que tem aqui nessa rua?
Conheço sim.
Também fui eu que fiz...

A senhora já estava meio confusa...

A senhora conhece a estação do metrô da praça Cardeal Arcoverde?
Não vai me dizer que foi o Sr. que fez também? - Disse a dona com um certo ar de incredulidade.
Não. Respondeu garotinho. Essa quem fez foi a Governadora Rosinha, minha esposa.
Meu Deus... exclamou a senhora, como é que eu nunca soube de nada disso? Eu devo estar esclerosada. É impossível.
A Senhora lê o Jornal O Globo, né?
Claro. Sou assinante à muito tempo.
Então não precisa se preocupar. A senhora não está esclerosada, não. Só está sendo enganada.
Disse o Governador sorrindo antes de se despedir da senhora e seguir seu caminho.


O Vereador que não mente



Um Vereador de uma cidade do interior do Rio de Janeiro foi chamado ao Palácio Guanabara recentemente, junto com várias outras lideranças locais.
O Governador colocou todos os convidados em torno de uma mesa e ao invés de falar em obras ou investimentos para o interior foi logo perguntado:
Quem aqui vota comigo? Eu quero saber. O Sr. Deputado Fulano, vota comigo?
O sujeito se coçou, se enterrou na cadeira, fingiu que não tinha entendido, mas no final, meio constrangido, disse que sim...

E o Sr. Prefeito? - Perguntou o Governante a outra liderança interiorana – vota comigo?
O Alcaide falou de sua cidade, de tradições locais, contou histórias, cozinhou o galo, mas, em determinado momento, apertado pelo poder do Governador, acabou cedendo...
É Governo... eu voto... vamos ver o que vai ser possível fazer pelo Sr....

Um de cada vez, todos foram apertados e acabavam falando o que o Governador queria ouvir.
Até que o Governador apontou sua poderosa torquês para o tal Vereador.

E você, Vereador, perguntou o poderoso Governante... Vai votar comigo?

O Vereador respondeu na lata:

Eu voto com o Garotinho.

O Governador quase teve um troço.

Oh sujeito... Como é que você tem a cara de pau de dizer isso pra mim? E aqui dentro do palácio... na minha cara... Dizer que vai votar em Garotinho... Maldade isso.
Pois é Governador. Eu digo porque vou mesmo votar no Garotinho e não quero mentir para o Sr. como estão fazendo todos esses outros aí.

O poderoso indignou-se:

Pois então avise ao seu candidato que eu tenho 300 milhões pra fazer campanha no interior e vou acabar com ele. Vou destruí-lo. Vou dizima-lo. Pode avisar isso ao Garotinho – Disse o governante, bufando...

Governador – emendou o corajoso Edil – já que o Sr. tem essa dinheirama toda pra gastar, bem que podia fazer umas obrinhas para o povo lá na minha cidade, né?


Jovens pela paz

Em 2006, quando resolveu apoiá-lo, Garotinho chamou o atual Governador para uma reunião com os integrantes do Projeto Jovens pela paz.
Na época eram dez mil jovens contratados para fazer trabalhos sociais em comunidades carentes e a ideia era, ao mesmo tempo, afastar o jovem das péssimas influencias do tráfico e possibilita-lo um recurso mensal para o seu sustento e ajuda à família. Um programa belíssimo.
O próprio candidato Cabral reconheceu a importância do projeto e prometeu duplicar o número de jovens contratados pelo programa.
Pois bem. Um dos primeiros atos do Governador, depois de eleito, foi extinguir o programa e demitir todos os seus integrantes. E pior. Quando os jovens demitidos foram ao palácio cobrar a promessa de Cabral, ou pelo menos uma explicação para tamanha covardia, foram chamados de vagabundos e tratados como bandidos, sendo expulsos pela polícia à golpes de cassetete.
Em um só ato Cabral demonstrou falsidade, traição e covardia.
Foi assim também com o pessoal do transporte alternativo, com o pessoal da Cedae, com os policiais militares e civis, com o funcionalismo em geral...
Mas não tem nada não.

Garotinho vem aí.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Brizola e Garotinho

Leonel de Moura Brizola foi o maior líder popular brasileiro da segunda metade do século passado. Mesmo se considerarmos o histórico político nacional de todos os tempos, só Getúlio Vargas - até hoje, 55 anos depois de sua morte, considerado o maior Presidente brasileiro de todos os tempos - teve dimensão superior a de Brizola como líder político .
Nascido em Carazinho, RS, Brizola foi Governador de seu Estado e obteve a maior votação de todos os tempos para Deputado Federal, ainda na década de sessenta, com mais de 1 milhão e meio de votos. Cassado pela golpe militar de 64, voltou do exílio em 1979, perdeu na justiça a sigla do PTB e criou o PDT, partido pelo qual se elegeu Governador do Rio de Janeiro.
Para se ter uma ideia da força eleitoral de Brizola, no período entre 1982 e 2006, dos seis Governadores eleitos sucessivamente, apenas um, Moreira Franco, não teve passagem pelo PDT. Na Prefeitura do Rio de Janeiro, todos os Prefeitos entre 1982 e 2008 construíram suas carreiras políticas ao lado de Brizola.
Jamil Hadad, Saturnino Braga, Marcello Alencar, Cesar Maia, Luiz Paulo Conde, Garotinho e Rosinha, todos governantes municipais ou estaduais, estiveram sob a orientação de Brizola em momentos cruciais de suas carreiras. De todas as “ crias “ de Brizola, no entanto, apenas Garotinho seguiu os passos do líder histórico e é até hoje o que mais se assemelha ao velho caudilho.
Desafiando os preceitos da genética, a cada dia que passa, na medida em que amadurece, Garotinho vai ficando mais parecido com Brizola, seja no gestual, na forma de falar, no modo como tritura os adversários com palavras, na convicção política e até mesmo, e principalmente, nas perseguições sofridas pelas estruturas do poder, no carinho dedicado aos mais pobres e na capacidade de resistir à todas as agressões sofridas, ressurgindo sempre de suas próprias cinzas, como a Fênix.
Nos últimos 10 anos Garotinho foi certamente o líder político mais perseguido do País. Acusado de todas as irregularidades, falcatruas e mutretas possíveis, enfrentou todas as denúncias de peito aberto, abrindo inclusive seus sigilos bancário e telefônico, e provou sua inocência, obrigando a poderosa Rede Globo a pagar-lhe, judicialmente, várias indenizações por calúnia e difamação.
Como se não bastasse as agressões sofridas na mídia e desqualificadas na justiça, seus adversários usaram o braço politizado da Polícia Federal para invadir sua residência em Campos, desrespeitando sua família e invadindo até mesmo o quarto de seus filhos. A única coisa que conseguiram “confiscar” foi uma Bíblia e a ação truculenta apenas evidenciou o quão grave pode ser a politização de um importante instrumento de Estado como a Polícia Federal.
Agora, apenas dois anos e meio depois deixar o Governo - e alguns meses depois de Rosinha se eleger Prefeita de Campos e sua filha Clarissa ser a Vereadora mais votada do PMDB carioca - trabalhadores, líderes comunitários, estudantes, profissionais liberais, pequenos e médios empresários, comerciantes, intelectuais, enfim, pessoas de todos os níveis e classes sociais, líderes em suas atividades, tem procurado Garotinho para manifestar o desejo de vê-lo novamente Governando o Estado do Rio de Janeiro, pois nesse curto período Sérgio Cabral conseguiu aniquilar todos os avanços conquistados nos Governos Garotinho e Rosinha.
Com restaurantes e farmácias populares fechados ou atendendo mal e com todos os projetos sociais e econômicos extintos, o Desgoverno, a desesperança, a mentira e a covardia são as únicas coisas implantadas pelo atual Governador, que a população mais pobre já chama de Sérgio “DuMal”.
Comunidades carentes são chamadas de “Fábricas de marginais” e tratadas a bala pela polícia, chacinas viraram rotina, há perseguições à trabalhadores, ambulantes, pequenos comerciantes, funcionários públicos e até mesmo aos artistas populares que trabalham nas ruas do Rio de Janeiro.
Vivemos sob a égide de um governo verdadeiramente fascistas.
O mesmo governo que distribui milhões de reais para os ricos, acua, agride, ameça e assassina pobres todos os dias. E ainda quer erguer muros em torno das favelas, criando guetos, como aqueles que foram usados para confinar judeus na Alemanha nazista.
Por tudo isso - pelo que foram os Governo Garotinho e Rosinha, e pela tragédia que é o desgoverno Cabral - é que o povo grita nas ruas: Volta Garotinho.
O Ex Governador é para o povo do Rio a esperança e o único líder político confiável em meio a uma infinidade de vendilhões da pátria e do povo brasileiro. Poucos políticos tem esse privilégio: ser o homem de confiança da população.
Brizola, do infinito, provavelmente tomando um chimarrão com Getúlio Vargas, deve estar orgulhoso pela atuação de seu mais legítimo herdeiro.

Publicado originalmente no Blog Cultura, papos e outras coisas... de Vicente Portella (http://vicenteportella.blogspot.com)